Os fins justificam os meios?

Estudos da Universidade de Wakanda indicam que toda que um Windows é instalado num Mac um panda cai doente. Não sei até que ponto isso é verdade até porque a própria Apple dá subsídio pra isso através do aplicativo Bootcamp.

Ele faz todo o trabalho sujo: reparticiona o “disco”, baixa os drivers dos dispositivos de hardware e instalada o novo sistema operacional. O usuário no final das contas só precisa fornecer um pendrive de 16gb (ou mais), a imagem ISO (disponível no site da Microsoft) e a licença (disponível na Loja Online da Microsoft). Mais simples impossível.

A experiência não fica ruim, mas também não é a melhor. O touchpad por exemplo ficou “estranho”. O controle de brilho da tela começou a funcionar acidentalmente após instalar manualmente o Nvidia Experience que eu precisava por causa do driver do gamepad (1/2 gb só por causa de um driver… paciência!).

E por que todo esse trabalho? Porque gosto de Out Run. Muito. Mesmo jogando muito mal.

Jogos de corrida nunca foram meu forte apesar de já ter investido em alguns: Enduro, Road Fighter, F1 Spirit, Super Monaco GP, Gran Turismo (não conseguir tirar as licenças para competir), Driver (não consegui sair da garagem), Burnout Paradise, Horizon Chase Turbo (remake do Top Gear/SNES que por sua vez é um “remake” do Lotus no Amiga), dentre muitos outros.

O que eu gosto no Out Run é a pegada casual de um passeio com sua namorada numa Ferrari por cenários paradisíacos. Como se quase não tivesse pressa pra chegar num dos 5 destinos (exceto pela contagem regressiva em cima da tela).

Se a memória não me falha, a primeira vez que vi uma máquina dessas foi no fliperama do Centro da Praia Shopping lá em Vitória lá pelos idos de 1980 e tantos. Com assento, volante e tudo mais.

Voltei a jogar no PSP com o Out Run Coast to Coast. Mas a telinha 4.3 polegadas não dá muita graça. Tentei jogar emulado num Raspberry Pi porém por incrível que pareça é um dos jogos que a compatibilidade sofre e fica ó, uma porcaria.

Out Run Coast 2 Coast é um port do Out Run 2, lançado nos fliperamas e para o Xbox clássico. No fliperama do Shopping Morumbi eles possuíam 4 máquinas interligadas em rede para jogo competitivo. Muito legal. Sempre que passávamos por ali com as crianças corria pelo menos uma vez. Só que resolveram reformar o fliperama e levaram a “minha” máquina embora. Substituída por um simulador de Fórmula 1 modernoso e gigantesco. Talvez se fosse tirar satisfação com o gerente do estabelecimento a resposta seria: “só você e mais outros quatro doidos jogavam”. Realmente estava sempre vazia.

Opção 1: conseguir um Xbox clássico. Modificar ele para ter maior resolução, mod de memória, mod de processador… muito complicado.

Opção 2: emulador no Windows. A placa que roda esse jogo é uma Sega Lindbergh, nada mais que um PC que roda Windows.

O Teknoparrot não é exatamente um emulador, mas uma camada intermediária que mapeia os componentes genéricos (volante, controles, pedais…) ao hardware original da máquina. Junto com as dicas do fórum Emuline, não foi complicado configurar tudo. E em 720p! Tentei rodar em 1080p mas a placa de vídeo é de 2012 e não aguentou sem deixar cair o framerate.

A parte mais enjoada foi acertar os controles no meu gamepad. 1 hora depois de quebrar a cabeça funciona lindamente por bluetooth, com todos os comandos mapeados direitinho: volante no analógico, freio e acelerador nos gatilhos, câmbio no X/A, mudança de angulo no Y. Até o ficheiro e o Start configurados com sucesso. A propósito, o gordinho da bandeirada fica fazendo graça se você não acelera o carro. Nunca perceberia esse detalhe se não fosse a peleja com o controle.

Já que cometi a heresia do Windows num Mac, acho que vou instalar o Elite Dangerous que estava 0800 esses dias…

PS1: Descobri hoje que a frase do título foi escrita originalmente por Ovídio, um poeta Romano e não por Maquiavel. Toca do texugo também é cultura.

PS2: Não sou Ferrarista, nos meus sonhos eu dirijo um Aston Martin.

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